O que os professores têm a ver com a acusação de plágio do compositor de música de Martinho da Vila contra a cantora britânica Adele?!
87% dos alunos chegam à universidade sem saber o que é plágio
Um dos temas polêmicos que está sendo compartilhado é sobre a acusação de plágio do compositor musical Martinho da Vila contra a cantora britânica Adele. É um assunto que está sendo debatido em todos os lugares, inclusive nas escolas, pois quando se trata de plágio nas artes, o assunto gera muitas críticas entre fãs e público em geral.
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E o que os professores têm a ver com esse assunto?
A resposta é que o plágio pode estar presente na música, na literatura, no cinema e nas mais diversas expressões de arte. Por isso é tão importante frisar que esse tema deve ser abordado dentro das salas de aulas, especialmente no atual momento em que vivemos, onde não somente o plágio é proibido no meio físico, como também no meio virtual. Todo cuidado com o que se compartilha é necessário.
De acordo com uma pesquisa realizada com 958 estudantes pela Unicamp, 87% dos alunos chegam à universidade sem saber o que é plágio e, por vezes, podem estar praticando o plágio sem ao menos saber das regras que envolvem essa infração. É de suma importância que esse tema seja abordado dentro das escolas antes de um aluno entrar na universidade, pois ao desenvolver um trabalho científico e acadêmico, eles buscam dados em fontes que certamente precisam de autorização e menções de créditos com regras específicas.
O assunto sobre o plágio de que a cantora Adele está sendo acusada pelo cantor brasileiro Toninho Geraes gira em torno da música ‘Mulheres’. No álbum 25, a música ‘Million Years Ago’ produzida por Adele e Greg Kurstin, apresenta 88 compassos iguais, sendo uma apropriação das primeiras notas de introdução, refrão e final.
Tanto o plágio artístico, quanto o plágio acadêmico são considerados uma falha grave e que infringem as normas da lei. De acordo com informações do ABEC Brasil (Associação Brasileira de Editores Científicos), o número de publicações que introduziram orientações e observações ligadas ao plágio apresentou um aumento de 69%.
Mesmo não sendo intencional, uma ação ao ser reconhecida como plágio, é caracterizada como antiética. A Lei 9.610, criada em 1998, baseia-se em reconhecer os direitos autorais artísticos e acadêmicos. Todos os conteúdos divulgados e publicados nos formatos de filme, livro, ensaio acadêmico, artigo científico, eventos, etc… são resguardados pela lei da propriedade intelectual. Segundo o Código Penal (artigo 184), o plagiador está sujeito a multa e até a detenção, de três meses a um ano.
O CEO do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos), Rogério Silva, explica que os professores influenciam na questão ética do aluno, no qual todos eles precisam ter conhecimento sobre como pesquisar um assunto e como compartilhá-lo de acordo com as orientações acadêmicas e artísticas, a fim de que a construção de um material e a publicação estejam 100% de acordo com os padrões estabelecidos.
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“O professor pode sim ensinar aos seus alunos a se inspirarem a uma música, a um filme ou a uma arte para a construção de um trabalho, mas deve observar esse material com muita atenção, pois caso exista o plágio, a Instituição de ensino também sofre impactos negativos e pode ter diminuição dos pontos no Ministério da Educação”, explica Rogério.
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O caso de plágio artístico contra Adele, desde 2020 teve tentativas de acordo por parte do cantor barsileiro Toninho, mas a cantora e sua equipe não responderam, e por esta razão o caso foi levado à justiça.
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Nos dias de hoje a “caça ao plágio” está cada vez mais presente nos inúmeros sites e revela se um texto é cópia ou não. Mas com a velocidade da internet, muitos conteúdos são compartilhados de formas instantâneas, sem ao menos ter passado por uma checagem de veracidade ou se consta uma possível cópia. É preciso prestar atenção sobre este assunto e tornar tema nas aulas para que os alunos estejam cientes do risco ao cometer um plágio.
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