Petra Belas Artes À La Carte apresenta: Festival “Volta ao Mundo: Espanha”, de 03 a 16 de junho

Foto: Divulgação

Em parceria com o Escritório Cultural da Embaixada da Espanha no Brasil, que há mais de 10 anos apoia iniciativas culturais no país, chega ao À La Carte o Festival “Volta ao Mundo: Espanha”, de 3 a 16 de junho, com 12 filmes que vão desde grandes clássicos a cults modernos e inéditos nos cinemas brasileiros, além de premiadas coproduções com outros países, como Argentina, França e Itália. A Espanha, que é dona de uma das mais ricas cinematografias do mundo, com grandes diretores, atores e atrizes, há décadas vem encantando plateias internacionalmente, desde o boom da sua produção, nos anos 50.

Para representar parte desta magnífica trajetória, o festival reuniu uma dúzia de obras-primas, anunciadas aqui em ordem cronológica: “Bem-vindo Senhor Marshall” (1953), de Luis García Berlanga; “Viridiana” (1961), de Luis Buñuel; “O Espírito da Colmeia” (1973), de Víctor Erice; “Cría Cuervos” (1976), de Carlos Saura; “Vacas” (1992), de Julio Medem; “A Língua das Mariposas” (1999), de José Luis Cuerda; “Joana, a Louca” (2001), de Vicente Aranda; “Pelos Meus Olhos” (2003), de Icíar Bollaín; “O Segredo dos Seus Olhos” (2009), de Juan José Campanella; “Viver é Fácil com os Olhos Fechados” (2013), de David Trueba; “Maria (e os outros)” (2016), de Nely Reguera; e “Saura(s)” (2017), de Félix Viscarret.

l

Sobre cada filme:

l

– “Bem-vindo Senhor Marshall”: eleito o quinto melhor filme espanhol por profissionais do cinema e pela crítica especializada, em 1996, no centenário do cinema espanhol. O filme foi apresentado no Festival de Cannes 1953, de onde saiu consagrado com o Prêmio Internacional (de melhor comédia) e Menção Especial para o roteiro coescrito pelo diretor Luis García Berlanga, com Juan Antonio Bardem e Miguel Mihura. Para promover o filme em Cannes, a produtora teve a sensacional ideia de distribuir notas de 1 dólar com as imagens dos atores protagonistas José Isbert e Lolita Sevilla no lugar de George Washington.

BEM-VINDO SENHOR MARSHALL (Bienvenido, Míster Marshall)

Espanha, 1953, Comédia, 78min

Direção: Luis García Berlanga

Elenco: Lolita Sevilla, Manolo Morán, José Isbert

No pequeno vilarejo de Villar del Rio, Espanha, chega a notícia de que autoridades americanas que irão oferecer ajuda financeira para várias cidades estão chegando na região. Para recebê-los e impressioná-los, o prefeito decide que todos os moradores e a cidade devem se “fantasiar” no estilo andaluz.

l

l

–“Viridiana”: grande vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, acabou sendo amplamente proibido na Espanha, sob a acusação de blasfêmia, um escândalo que só contribuiu para aumentar a fama internacional do filme e do diretor Luis Buñuel. Na ocasião de seu lançamento nos Estados Unidos, entre as frases de imprensa destacadas no trailer, uma delas, creditada ao N. Y. News, dizia: “Uma orgia que faz a orgia de ‘A Doce Vida’ parecer um piquenique de família”.

VIRIDIANA (Viridiana)

Espanha/México, 1961, 90 min., p/b, drama, idioma: espanhol (legendado), 18 anos.

Direção: Luis Buñuel

Elenco: Silvia Pinal, Fernando Rey e Francisco Rabal.

A noviça Viridiana faz uma visita ao seu tio moribundo, atendendo a um pedido do próprio. O pervertido homem, obcecado pela beleza da jovem, tenta seduzi-la de todas as formas. Ele morre e Viridiana decide não mais voltar ao convento. Em contrapartida transforma a antiga casa do tio num abrigo para necessitados e moradores de rua.

l

l

–“O Espírito da Colmeia”: sua filmagem teve exatamente 1000 tomadas no total, sendo que exatamente 500 delas entraram para a montagem final. Segundo o diretor Víctor Erice, a atriz Ana Torrent, que tinha 6 anos na época da filmagem, acreditava que Frankenstein existia de verdade, e a primeira vez que viu o ator maquiado para interpretar o monstro, ficou completamente apavorada e depois perguntou por que ele havia matado a garotinha (no filme “Frankenstein”, de 1931), mas o ator não sabia o que responder.

O ESPÍRITO DA COLMEIA (El espíritu de la colmena)

Espanha, 1973, 98 min., cor, drama, idioma: espanhol (legendado), livre

Direção: Victor Erice

Elenco: Ana Torrent, Isabel Telleria e Fernando Fernán Gómez.

As duas pequenas irmãs Ana e Isabel moram em terras rurais da Espanha, na década de 40. Após assistirem ao filme Frankenstein (1931) ficam obcecadas pelo estranho personagem e tentam encontrá-lo.

l

l

–“Cría Cuervos”: vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes e indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro. Para o título original do filme, o diretor Carlos Saura se inspirou num ditado espanhol que diz “crie corvos e eles arrancarão seus olhos”, que no Brasil seria equivalente a “você colhe o que você planta”. A canção “Porque te vas”, na voz da cantora Jeanette, tocada em uma vitrola de vinil numa cena antológica do filme, se tornou hit internacional.

CRÍA CUERVOS (Cría Cuervos)

Espanha, 1976, cor, 112 min., drama, idioma: espanhol, 18 anos.

Direção: Carlos Saura

Elenco: Geraldine Chaplin, Ana Torrent e Monica Randall.

Ana é uma mulher de tristes lembranças. Duas décadas antes, quando tinha nove anos, ela acreditava ter em suas mãos um misterioso poder sobre a vida e a morte de seus familiares. Assim teria causado a morte inesperada do pai, o militar franquista Anselmo, logo após o doloroso martírio da mãe.

l

l

–“Vacas”: primeiro longa-metragem de Julio Medem, realizador dos aclamadíssimos “Os Amantes do Círculo Polar” (1998) e “Lúcia e o Sexo” (2001). Com este filme Medem ganhou o Prêmio Goya, o mais importante do cinema espanhol, na categoria de Melhor Diretor Estreante. “Vacas” tem como protagonista Emma Suéres, atriz que deu vida à personagem Julieta no filme homônimo de Pedro Almodóvar, e conta ainda com participação de Ana Torrent, atriz que encantou a todos quando criança pela sua expressiva atuação nos clássicos “O Espírito da Colmeia” e “Cría Cuervos”.

VACAS (Vacas)

Espanha, 1992, cor, 96min, Drama

Direção: Julio Medem

Elenco: Emma Suárez, Carmelo Gómez, Ana Torrent

Duas famílias bascas, os Iriguibel e os Mendiluze, vivem uma relação de conflito e paixão que atravessa gerações. Tudo começa em 1875, quando Manuel Iriguibel luta contra os liberais ao lado de Carmelo Mendiluze. Carmelo é morto em combate e para não ser assassinado, Manuel passa o sangue de Carmelo em seu rosto e finge estar morto. A cena é presenciada apenas por uma vaca. Tal fato atormenta Manuel e afeta sua família ao longo de três gerações, em episódios que são pontuados pelo olhar da vaca e se desenvolvem num clima mágico, dramático e de permanente tensão.

l

l

–“A Língua das Mariposas”: seu roteiro foi baseado em três contos de Manuel Rivas, “La Lengua de las Mariposas”, “Carmiña” e “Un Saxo na Néboa”. O diretor José Luis Cuerda (1947–2020) foi produtor de vários filmes de sucesso, entre eles “Morte ao Vivo” e “Os Outros”, ambos dirigidos por seu amigo Alejandro Amenábar, que é também compositor e assinou a trilha musical de “A Língua das Mariposas”.

A LÍNGUA DAS MARIPOSAS (La lengua de las mariposas)

Espanha, 1999, 96min, Drama

Direção: José Luís Cuerda

Elenco: Fernando F.Gómez, Manuel Lozano, Uxía Blanco, Gonzalo Uriarte,Alexis de los Santos

A relação de um menino com seu professor é alterada pelo início da guerra civil espanhola. Para o pequeno Poncho (Manuel Lozano),, a vida está apenas começando. Ele entrou na escola, caiu nas graças do professor dom Gregório (Fernando F.Gomes), fez amizade com Roque (Tamar Novas), e, melhor ainda, poderá excursionar com a banda de seu irmão mais velho, um saxofonista. Mas nem tudo são flores. O pai do garoto e seu querido professor se envolvem na Guerra Civil Espanhola, transformando em tristeza a alegria do menino.

ç

l

–“Joana, a Louca”: coprodução espanhola com Itália, França e Portugal, vencedora de três prêmios Goya, o mais importante do cinema espanhol, nas categorias de Melhor Atriz (Pilar López de Ayala), Melhor Figurino e Melhor Maquiagem e Penteados. Com produção estimada em quase 5 milhões de euros, o filme foi escolhido para representar a Espanha no Oscar 2002 de Melhor Filme Estrangeiro. Este filme permaneceu inédito nos cinemas brasileiros, apesar do diretor Vicente Aranda ter se tornado bastante famoso por aqui, principalmente pelo tórrido “Os Amantes” (1991), estrelado por Victoria Abril, que lotava salas na época da estreia. 

JOANA, A LOUCA (Juana la Loca)

Espanha, biografia, Drama, 2001, 115min, 16 anos

Direção: Vicente Aranda

Elenco: Pilar López de Ayala, Daniele Liotti e Rosana Pastor

Baseado na história real de Joana, triste vida da espanhola Joana I (Toledo, 1479–1555), também conhecida como “Joana, a Louca”, que foi a Rainha de Castela e Leão de 1504 até sua morte e também Rainha de Aragão a partir de 1516. A nobre espanhola do século 16 se torna rainha graças a um casamento arranjado, mas que enlouquece por ciúmes do rei Felipe, o incorrigível marido mulherengo, até ser destronada e encarcerada.

ç

l

–“Pelos Meus Olhos”: baseado no curta-metragem “Amores que Matan” (2000), da mesma diretora, Icíar Bollaín, o longa manteve Luis Tosar em seu papel, enquanto Elisabeth Gelabert fez um papel menor, como amiga da nova atriz principal, Laia Marull. O filme ganhou o prêmio Goya de Melhor Filme, Melhor Roteiro, Melhor Direção, Melhor Ator (Luis Tosar), Melhor Atriz (Laia Marull), Melhor Atriz Coadjuvante (Candela Peña) e Melhor Som.

PELOS MEUS OLHOS (Te doy mis ojos)

Espanha, 2003, cor, 109 min., drama, idioma: espanhol (legendado), 14 anos.

Direção: Icíar Bollaín

Elenco: Laia Marull, Luis Tosar e Candela Peña.

Pilar decide, em uma noite de inverno, fugir de casa. Ela leva consigo apenas alguns poucos pertences e o filho. Pilar sabe que seu marido, Antonio, irá procurá-la, o que a deixa apavorada.

l

l

–“O Segredo dos Seus Olhos”: coprodução entre Espanha e Argentina, grande vencedor do Oscar 2010 de Melhor Filme Estrangeiro (para a Argentina). Esta foi a quarta e mais bem-sucedida parceria entre o astro Ricardo Darín e o diretor Juan José Campanela, ambos argentinos, após terem realizado juntos os belíssimos “O Mesmo Amor, A Mesma Chuva” (1999), “O Filho da Noiva” (2001) e “Clube da Lua” (2004).

O SEGREDO DOS SEUS OLHOS (El secreto de sus ojos)

Espanha/Argentina, 2009, 129min, Drama, 16 anos

Direção: Juan José Campanella

Elenco: Ricardo Darín, Soledad Villamil, Pablo Rago

Após trabalhar a vida toda num Tribunal Penal, Benjamín Espósito se aposenta. Seu tempo livre o permite realizar um sonho longamente postergado: escrever um romance baseado num acontecimento que vivera anos antes. Em 1974, foi encarregado de investigar um violento assassinato. A Argentina entrava num ciclo de extrema violência política e a investigação colocou em risco sua vida. Ao escavar velhos traumas, Benjamín confronta o intenso romance que teve com sua antiga chefe, assim como decisões e equívocos passados. Com o tempo, as memórias terminam por transformar novamente sua vida.

o

k

–“Viver é Fácil Com os Olhos Fechados”: longa escolhido para representar a Espanha no Oscar 2015 de Melhor Filme Estrangeiro. O filme foi vencedor de 6 prêmios Goya, o mais importante do cinema espanhol: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Ator (Javier Cámara), Melhor Atriz Revelação (Natalia de Molina) e Melhor Música Original (Pat Metheny). O diretor e roteirista David Trueba é autor do premiado roteiro de “Os piores Anos de Nossas Vidas” (1994), uma comédia de grande sucesso internacional, lançada em amplo circuito nos cinemas brasileiros.

VIVER É FÁCIL COM OS OLHOS FECHADOS (Vivir es Fácil com los Ojos Cerrados)

Espanha, 2013, cor, 108min, Aventura/Comédia,

Direção: David Trueba

Elenco: Javier Cámara, Natalia de Molina, Francesc Colomer

Nos anos 1960, Antonio é um professor de Inglês fã dos Beatles cujo sonho é conhecer o ídolo John Lennon. Para isso, ele parte em uma viagem. No caminho, conhece dois jovens com quem troca experiências que vão mudar sua vida.

Curiosidades: Longa escolhido para representar a Espanha no Oscar 2015 de Melhor Filme Estrangeiro. O filme foi vencedor de 6 prêmios Goya, o mais importante do cinema espanhol: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Ator (Javier Cámara), Melhor Atriz Revelação (Natalia de Molina) e Melhor Música Original (Pat Metheny). O diretor e roteirista David Trueba é autor do premiado roteiro de “Os piores Anos de Nossas Vidas” (1994), uma comédia de grande sucesso internacional, lançada em amplo circuito nos cinemas brasileiros.

k

l

–“Maria (e os outros)”: inédito nos cinemas brasileiros e indicado ao prêmio Goya, o mais importante do cinema espanhol, nas categorias de Melhor Direção e Melhor Atriz (Bárbara Lenine), este é o primeiro longa da diretora Nely Reguera, que foi assistente de direção de “Perfume: A História de um Assassino”, de Tom Tykwer, adaptado do best-seller de Patrick Süskind. A atriz espanhola Bárbara Lennie, que interpreta o papel-título, também foi protagonista de “Uma Espécie de Família” (2017), filme com coprodução brasileira.

MARIA (E OS OUTROS) Maria (y los demás)

Espanha, 2016, 90min, Comédia

Direção: Nely Reguera

Elenco: Bárbara Lennie, José Ángel Egido e Pablo Derqui

María é uma mulher de 35 anos que se sente fora de si mesma e sua vida não coincide com a sua idade, mas em vez de tentar mudar esta situação, decide fugir e inventar desculpas. Os medos conseguem dominá-la e, portanto, não avança na vida e permanece estagnada.

l

l

–“Saura(s)”: indicado ao prêmio Goya, o mais importante do cinema espanhol, na categoria de Melhor Documentário, este filme permanece inédito nos cinemas brasileiros. O diretor Felix Viscarret presta uma belíssima homenagem a Carlos Saura, que sempre será lembrado como um dos maiores cineastas espanhóis de todos os tempos, autor de obras-primas como “Cría Cuervos” (1976), “Bodas de Sangue” (1981) e “Carmen” (1983), premiado no Festival de Cannes e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

SAURA (S)

Espanha, 2017, documentário, 86 minutos, livre

Direção: Felix Viscarret

Com Carlos Saura Medrano, Antonio Saura, Shane Saura Chaplin

O filme é o lindo resultado de um esforço do diretor Félix Viscarret em fazer um retrato íntimo do lendário cineasta espanhol Carlos Saura, mas o próprio Saura – que não gosta de falar de seu passado –, deixa as mais preciosas revelações por conta dos seus sete filhos.

l

l

Foto: Divulgação

À LA CARTE é um streaming de filmes pensado para quem ama cinema de verdade. Seu catálogo, que já conta com cerca de 400 títulos,e inclui filmes de todos os cantos do mundo e de todas as épocas: contemporâneos, clássicos, cults, obras de grandes diretores, super premiados e principalmente aqueles que merecem ser revistos e que tocam o coração dos cinéfilos. Além de pelo menos quatro novos filmes que entram semanalmente no catálogo, há também a possibilidade do aluguel unitário, que são os Super Lançamentos: um espaço para filmes que estreiam antes dos cinemas; simultâneos ao cinema; filmes inéditos no Brasil, entre outras modalidades. Outro diferencial são as mostras de cinema, recentemente o À LA CARTE trouxe especiais dedicados à cinematografia francesa, italiana, coreana e espanhola. O À LA CARTE foi criado no final de 2019 e integra o Belas Artes Grupo, que inclui também a Pandora Filmes e o Cine Petra Belas Artes, um dos mais tradicionais e queridos cinemas de rua de São Paulo. 

l

Serviço:

Planos de assinatura com acesso a todos os filmes do catálogo em 2 dispositivos simultaneamente.

Valor assinatura mensal: R$ 9,90 | Valor assinatura anual: R$ 108,90

Super Lançamentos: Com valores variados, a sessão ‘super lançamentos’ traz os filmes disponíveis no cardápio para aluguel por 72hs.

Para se cadastrar acesse: www.belasartesalacarte.com.br e clique em ASSINE.

Ou vá direto para a página de cadastro:

https://www.belasartesalacarte.com.br/checkout/subscribe/signup

Aplicativos disponíveis para Android, Android TV, IPhone, Apple TV e Roku. Baixe Belas Artes À LA CARTE na Google Play ou App Store.

 

 

 

Por Sinny Assessoria e Comunicação

Revista InFoco

Revista In Foco. Uma revista Eletrônica que vai te deixar informado sobre diversos eventos. Fique Ligado!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *