Nutrigenética e Nutrigenômica – Dr. Cláudio Ambrósio esclarece sobre as ciências

Foto: Graça Paes/ Zapp News

Anteriormente acreditava-se que a genética apenas desempenhava um papel crítico na resposta à ingestão alimentar, mas na área de pesquisas científicas se passou a estudar a Nutrigenômica e a Nutrigenética. Dr. Cláudio Ambrósio, endocrinologista, alergista e pesquisador, esclarece que nos últimos anos, pesquisas em nutrição descobriram que os genes e as dietas estão interligados.

Cada ser humano, mesmo que tenha uma alimentação e um estilo de vida semelhante, irá apresentar um diferente resultado de saúde.  Isso ocorre porque os nutrientes têm a capacidade de interagir e influenciar mecanismos moleculares e funções fisiológicas de um organismo provocando uma revolução no domínio da alimentação.

A Nutrigenômica é a ciência que estuda o papel dos nutrientes e os compostos bioativos de diferentes alimentos na expressão do gene. Já a Nutrigenética é a ciência que estuda o efeito da variação genética em resposta às dietas alimentares. 

 

Alguns fatores que sustentam a importância da Nutrigenética e Nutrigenômica como ciência:

 

  • A Grande diversidade no genoma entre grupos étnicos e indivíduos, cuja diferenciação afeta a biodisponibilidade de nutrientes e o metabolismo.
  • A alimentação e a disponibilidade de nutrientes que diferem muito entre si, pois são dependentes de fatores culturais, econômicos, geográficos e gustativos.
  • A desnutrição (deficiência de alimentação) ou hiperalimentação (excesso de alimentação) que pode afetar a expressão do gene. Cada gene codifica uma determinada sequência de uma cadeia polipeptídica (união de aminoácidos que formam a proteína) e a estabilidade do genoma (a informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA), alterando sua estrutura funcional.  As possíveis mutações da sequência de genes ou a nível cromossômico, ocasiona uma expressão gênica anormal e leva a fenótipos, o resultado da expressão dos genes do organismo, da influência de fatores ambientais e da possível interação entre os dois, durante várias fases da vida.

 

E, ainda há um terceiro fator que pode afetar a expressão genética, não necessariamente alterando a sequência ou estrutura do gene. A chamada Epigenética que nos mostra que dependendo do estilo de vida e de sua dieta, mesmo parecendo saudável, um indivíduo pode ter um aumento da concentração de colesterol no sangue. O que através de exames pode ser identificado e revertido à medida que todos os âmbitos forem equilibrados fazendo assim com que os níveis sanguíneos de colesterol voltem ao normal.

 

A importância dos tratamentos através da nutrigenética e da nutrigenômica é promover uma nutrição personalizada para cada paciente, já que cada pessoa responde de forma diferentes aos alimentos.  

 

No uso da Nutrigenômica o paciente recebe recomendações nutricionais personalizadas com base na sua composição genética, evitando assim doenças crônicas, como obesidade e diabetes, conhecidas como doenças poligênicas que tem a atuação de diversos genes em conjunto que deflagram o desequilíbrio orgânico. Exames genéticos mostram se o paciente tem sensibilidade à determinados alimentos ou propensão à determinadas doenças e desta forma é possível adequar a dieta do paciente com base em seus relatos de estilo de vida e alimentação, e cruzar com o histórico familiar fazendo assim com que ele se alimente de forma adequada.

O endocrinologista ressalta que cada ser humano possui suas diferenças no que se refere ao funcionamento do organismo. Segundo o especialista, a maior parte da taxa metabólica do ser humano é determinada geneticamente, enquanto a menor parte depende de fatores, como alimentação, tecido muscular, atividade física, entre outros. 

 

“O ser humano não pode mudar sua genética, mas pode ajustar o seu metabolismo através de diversos fatores, entre eles, mudança na alimentação e a prática de atividades físicas” diz o especialista. 

 

Em seus atendimentos, Dr Claudio sempre pede uma gama de exames clínicos antes de iniciar qualquer tipo de tratamento. E em seus consultórios, já na primeira consulta realiza a bioimpedância que ajuda a traçar o perfil físico de cada paciente.

Com o resultado dos exames clínicos e a consulta médica é possível traçar um perfil de tratamento específico para cada necessidade, assim como é possível entender o metabolismo e a resposta de cada organismo a prática de exercícios físicos. 

Dr. Cláudio Ambrósio é pós-graduado em Endocrinologia, Metabolismo e Alergia, com formações na Universidade de Harvard e em Minnesota, nos EUA. Se aperfeiçoou na Romênia e na Transilvânia em Alergologia, Endocrinologia e Geriatria. E, pela IFMSA – Federação Internacional de Associações de Estudantes de Medicina, instituição filiada à ONU, realizou treinamentos na área de Endocrinologia e Medicina Nuclear, em Berlim, na Alemanha. É Professor convidado da Universidade da Califórnia, EUA, na área de Biotecnologia e Medicina e pesquisador científico.

 

 

 

 

 

Fonte/ Créditos: Agência Zapp News

 

 

 

 

 

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