Definitiva Cia. de Teatro estreia adaptação de “A hora da estrela” dia 20 de janeiro no Sesc Tijuca, 20h

Último romance de Clarice Lispector reúne abordagens filosófica, social e estética e fica em cartaz de sexta a domingo até dia 19 de fevereiro.

 

 

Foto: Divulgação

A hora da estrela, terceiro espetáculo da Definitiva Cia. de Teatro, estreia dia 20 de janeiro no Teatro 1 do Sesc Tijuca seguindo a trilha da pesquisa de linguagem empreendida pela Cia. desde a sua fundação: a relação entre a música e a cena num espetáculo teatral; o limite do que se entende como teatro musical e suas variações – “teatro musicado”, “teatro com música” – bem como os seus tensionamentos como é o caso do teatro chamado “épico”.

Com sessões de sexta a domingo, 20h, a Cia. apresenta o último romance escrito por Clarice Lispector contando as desventuras de Macabéa, uma jovem nordestina que vive no Rio de Janeiro sem saber ou mesmo questionar os porquês. “Virgem e inócua”, ela sente dores. Péssima datilógrafa, trocada pelo namorado que nunca o fora de fato, com cheiro ruim, cor de “burro quando foge”, Macabéa é daquelas que passam pela vida sem se dar conta do que é existir. Sua vida parece ter chegado a um beco sem saída até o momento de uma grande reviravolta.

Macabéa é um possível alter-ego de Clarice, que usa de um narrador fictício (outro alter-ego), Rodrigo S.M., para colocar a própria construção da narrativa em perspectiva. Nesta adaptação, a Definitiva Cia. de Teatro coloca a mesma perspectiva do ponto de vista da construção da narrativa teatral, assumindo os lugares tanto do escritor como dos personagens, usando a música como uma das camadas dessa escrita cênica.

Dentro da trajetória da Cia., A hora da estrela significa um passo bastante significativo; depois de passar por uma montagem de um musical brasileiro clássico – “Calabar, o elogio da traição”, de Chico Buarque e Ruy Guerra – onde buscou entender a função da música dentro deste tipo de dramaturgia que já difere do musical americano onde as canções substituem diálogos, por exemplo, a Cia. se debruçou sobre um épico – “Deus e o diabo na terra do sol”, de Glauber Rocha – onde a função narrativa da música era investigada de maneira muito potente, se utilizando do cordel musicado por Sérgio Ricardo como uma camada da dramaturgia, se aproximando da maneira como o encenador alemão Bertolt Brecht lida com a música na maior parte de suas peças: como um recurso de comunicação elaborado e de extrema eficiência, parte da narratividade da peça, então, estava a cargo da canção. Em A hora da estrela, a música é parte componente da encenação criando uma dramaturgia paralela ou uma escrita musical.

 

SINOPSE SUGERIDA

Espetáculo retrata o processo de escrita por um autor fictício da história de Macabéa, uma jovem que, ao que tudo indica, é inapta para a vida.

 

FICHA TÉCNICA:

Do original de Clarice Lispector – A hora da Estrela

Adaptação: Jefferson Almeida e Tamires Nascimento

Direção: Jefferson Almeida

Elenco: Gustavo Almeida, Jefferson Almeida, João Vitor Novaes, Livs Ataíde, Marcelo de Paula, Paula Sholl, Tamires Nascimento e Yves Baeta.

Assistente de direção: Tamires Nascimento

Direção musical: Renato Frazão

Preparação vocal: Yves Baeta

Professor de método passo: Diogo Brandão

Preparação de atores: Daniel Chagas

Tap: Clara Equi

Cenário: Taísa Magalhães

Cenotécnico: Diogo Perdigão

Figurinos: Arlete Rua e Thaís Boulanger

Costureira: Kátia Salles

Visagismo: Rodrigo Reinoso

Iluminação: Livs Ataíde

Assistente de iluminação: Luiz Paulo Barreto

Desenho de som: Andrea Zeni

Microfonista: Carol Dias

Coordenação de microfones: Jamile Magalhães

Sonorização: Áudio Cênico

Técnico de áudio: Joyce Santiago

Operação de som: Beto Ferreira

Projeto gráfico: Davi Palmeira

Produção audiovisual: Cesar Augusto Moura e Nicholas Bastos

Coordenação de produção: Tamires Nascimento

Produção: Jefferson Almeida, Livs Ataíde e Marcelo de Paula.

Assistente de produção: Nicholas Bastos

Assessoria de imprensa: Minas de Ideias

Realização: Definitiva Cia. de Teatro e TEM DENDÊ! Produções

 

SERVIÇO:

Local: SESC TIJUCA – Teatro I

Endereço: R. Barão de Mesquita, 539

Estreia: 20 de janeiro

Temporada: De 20 de janeiro a 19 de fevereiro

Horários: Sextas, sábados e domingos, 20h

Gênero: Épico

Duração: 90 minutos

Classificação: 12 anos

Preço: R$ 25,00 (Inteira), *R$12,00 (Meia), R$ 6,00 (Comerciários)

*Concedida, mediante apresentação de documentos comprobatórios, a estudantes, professores, idosos, pessoas com deficiência – inclusive seu acompanhante quando necessário – e a jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos inscritos no cadastro único para programas sociais do Governo Federal (CadÚnico), cuja renda familiar mensal seja de até 2 salários mínimos.

Capacidade: 228 Lugares

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