Alexandra Vieira de Almeida fala sobre os limites dos jogos eletrônicos e o hábito da leitura
A leitura é o desafio gigante neste mar de influências tecnológicas
Os pais, educadores, entre outros, acreditam que a leitura é essencial para o desenvolvimento intelectual do ser humano, pois é estímulo à criatividade, a escrita, memória, diminui o stress, aperfeiçoa o conhecimento e o vocabulário. Ainda ativa a reflexão, enquanto esse progresso no audiovisual é mais passivo. Sobre a profundidade deste tema, Alexandra Vieira de Almeida ,escritora e Doutora em Literatura Comparada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), explica que é necessário mais leitura e menos jogos.
A escritora analisa e identifica os maiores problemas do hábito descontrolado do uso de jogos eletrônicos e aponta alguns caminhos para enfrentar a questão. Ainda alerta as famílias que com o passar dos anos as funcionalidades tecnológicas irão ganhar força e podem acabar se tornando a principal fonte de divertimento. Ela disse que este elemento deveria ser secundário e não fundamental na educação infanto juvenil, “presenciamos uma geração cansada e preguiçosa para pensar, pesquisar e refletir”, conclui.
Em contrapartida, a leitura é o eixo que leva os jovens para o espaço do imaginário mais fecundo, revelando uma criatividade muito mais rica e plena do que os videogames. “Estes jogos desconcentram as crianças e jovens do hábito da leitura e estudos, pois muitas horas são gastas nesta distração”, explica Alexandra.
Ainda segundo o texto não se pode negar que os jogos também usam elementos do lúdico, brincando com a imaginação. A ressalva é que a literatura proporciona ir à lugares que os jogos não podem alcançar, um mundo imaginário a partir da criação de uma imagem mental da história.
“O equilíbrio é chave para lidar com este infortúnio da era Hi Tech, é possível encaixar tudo na rotina deles, contrabalancear as experiências das crianças e dos jovens, fazer com que experimentem ler de forma prazerosa, como um evento de conhecimento em suas vidas e do poder dela leva-los para o reino da riqueza imaginativa”, esclarece.