Vincent Carelli é o grande homenageado da 6ª mostra Ecofalante de Cinema Ambiental

Vincent Carelli
Foto: Divulgação

Destaque da 6ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental (o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais, que acontece de 1º a 14 de junho), uma homenagem ao indigenista e documentarista Vincent Carelli apresenta dois longas-metragens recentes e premiados do realizador: “Corumbiara” (2009) e “Martírio” (2016).

O primeiro, Corumbiara, retrata o massacre de índios em Rondônia, ocorrido em 1985,  e recebeu os prêmios de melhor filme, melhor direção, melhor montagem e prêmio do público no Festival de Gramado. Martírio, feito em colaboração com Ernesto de Carvalho e Tita, busca as origens do genocídio praticado contra os índios Guarani Kaiowá. A produção foi premiada no Festival de Brasília, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival de Mar del Plata.

As exibições do evento são gratuitas e acontecem no Cine Reserva Cultural, Cine Caixa Belas Artes, Livraria Cultura Bourbon Shopping, Fábricas de Cultura e salas do Circuito Spcine – Centro Cultural São Paulo, Cine Olido, Centro Cultural Cidade Tiradentes, Biblioteca Roberto Santos e unidades do CEU

A 6ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é uma realização da ONG Ecofalante, do Ministério da Cultura, do Governo Federal e da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. É uma correalização da SPCine e da Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo. Tem patrocínio da Sabesp e da Pepsico, com apoio da Goodyear, White Martins, Guarani – Mais que açúcar e do Instituto Clima e Sociedade. É possível graças à Lei de Incentivo à Cultura e ao Programa de Apoio à Cultura (ProAC).

 
Na homenagem estão incluídos também quatro títulos emblemáticos do Vídeo das Aldeias, projeto criado por Carelli em 1986 com o objetivo de apoiar as lutas dos povos indígenas por meio de recursos audiovisuais

 

Martírio
Foto: Divulgação

A iniciativa conta com mais de 70 filmes realizados, tendo se transformado em uma referência na área. No curta-metragem “Vídeo nas Aldeias” (1989), quatro grupos indígenas brasileiros (Nambiquara, Gavião, Tikuna e Kaiapó) incorporaram o uso do vídeo nos seus projetos políticos e culturais.

“O Espírito da TV” (1990) mostra as emoções e reflexões dos índios Waiãpi ao verem, pela primeira vez, a sua própria imagem num aparelho de televisão.

Premiado no Festival de Vídeo de Tóquio e no Cinéma du Réel, “A Arca dos Zo’é” (1993), mostra o encontro entre os índios Waiãpi e os Zo’é.

Já em “Segredos da Mata” (1998) estão reunidas quatro fábulas sobre monstros canibais, todas narradas e interpretadas pelos índios Waiãpi.

 

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