Universo geek como negócio: criadora de conteúdo transforma hobby em lucro
“As pessoas acham que eles vivem no porão dos pais, mas na verdade preferem games como outros homens preferem futebol”, afirma Emanuelly Raquel.
A CCXP 2024 (Comic Con Experience), realizada de 5 a 8 de dezembro no São Paulo Expo, reafirmou o poder da cultura geek como um dos maiores mercados globais. Reunindo milhares de fãs e celebrando o universo dos quadrinhos, animes, filmes e jogos, o evento é reflexo de um setor que movimenta cifras bilionárias. Em 2021, o mercado mundial de produtos ligados à cultura pop faturou cerca de US$ 300 bilhões, e, no Brasil, o segmento atingiu R$ 21,5 bilhões no mesmo ano, segundo a Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens (ABRAL).
Inserida nesse universo, a cosplayer Emanuelly Raquel encontrou uma forma inovadora de transformar sua paixão pela cultura geek em um negócio altamente lucrativo, utilizando plataformas de conteúdo adulto. Interpretando personagens icônicos como Velma, de Scooby-Doo, e figuras femininas de One Piece—Nami, Nico Robin e Boa Hancock—Emanuelly cativa uma audiência ávida por esses conteúdos. “Sou apaixonada por esse anime, e estar nesses cosplays é especial para mim”, afirma.
Além dos trajes detalhados, Emanuelly oferece experiências exclusivas para seus assinantes, como sessões de jogos online.
“Já acumulei mais de 118 horas de gameplay com os seguidores. Me coloco no lugar da esposa que não quer assistir ao jogo de futebol do marido; eu, pelo contrário, ganho dinheiro jogando com eles”, brinca.
Emanuelly comercializa seus conteúdos na plataforma Close Fans, que descreve o universo geek como um dos segmentos mais lucrativos entre seus criadores.
“O público geek é muito engajado e valoriza o acesso exclusivo a conteúdos criativos. É um dos mercados que mais cresce em nossa plataforma”, afirmou a equipe da Close Fans.
Por Cacau Oliver Comunicação