Escravidão no Brasil Império
A Fundamentação Teórica nas Faculdades De Direito do Século XIX
“Elemento servil” foi o eufemismo cínico para escravidão, com amplo emprego em publicações e discursos. A escravidão no Império do Brasil não era apenas um legado do passado, mas um projeto de futuro para o país independente. Foi recriada pelo pacto das elites, sancionada pela legislação, mantida pelo Estado. Também foi contestada em diferentes arenas.
Ariel Pesso nos faz conhecer um espaço privilegiado onde a escravidão foi justificada e criticada: os Cursos Jurídicos de São Paulo e Olinda/Recife. Somos apresentados aos livros e aos lentes das disciplinas de Direito Natural e Economia Política, além de jornais acadêmicos que debatiam com ambivalência e contradição a “questão servil”. Esse é um capítulo da história das “majestosas Faculdades” que finalmente começa a ser escrito, quando políticas de cotas ao ensino universitário ampliaram a representatividade de classe, raça e etnia do coletivo discente.
Ariel Engel Pesso é Bacharel, Mestre e Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da universidade de São Paulo (FD-USP). Foi Visiting Researcher na Harvard University e no Max Planck Institute for Legal History and Legal Theory. Bacharel em Letras, com Habilitação em Português e Alemão e Licenciado em Letras, com Habilitação em Português pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).
Sobre a editora
Fundada em 1955, em Coimbra, a Almedina orgulha-se de publicar obras que contribuem para o pensamento crítico e a reflexão. Líder em edições jurídicas em Portugal, a editora publica títulos de Filosofia, Administração, Economia, Ciências Sociais e Humanas, Educação e Literatura. Em seu compromisso com a difusão do conhecimento, ela expande suas fronteiras além-mar e hoje traz ao público brasileiro livros sobre temas atuais, em sintonia com as necessidades de uma sociedade em constante mutação.
Por LC – AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO