Chuva não afeta José Carreras, que emociona no KM de Vantagens Hall

O tenor retornou ao Rio de Janeiro, mas foi em dia de temporal, que atrapalhou a chegada do público, pois diversos pontos estavam alagados e a cidade em estado de alerta

 

Foto: Edna Rocha

 

Na noite desta terça (20), o tenor José Carreras se apresentou no KM de Vantagens Hall, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, ele trouxe o show da última turnê de sua carreira, “A Life in Music”. Uma noite em que a chuva não deu trégua, deixou a cidade em estado de atenção, além de atrapalhar a chegada dos fãs. Um espetáculo eclético, do clássico ao contemporâneo, conduzido pelo maestro David Gimenez (sobrinho do tenor), participação da soprano Marina Silva (que cantou sozinha e em duetos com o mestre) e acompanhados pela orquestra Sinfônica Heliópolis.

 

Carreras e David Gimenez
Foto: Edna Rocha

 

O espetáculo iniciou por volta das 21:45 min, com a orquestra tocando a música “L’ Arlésienne Suite”, teve quase duas horas de duração, dois atos (com 20 minutos de intervalo). A chuva forte alagou diversos bairros da cidade como Jardim Botânico, muitos fãs não conseguiram chegar, e a casa ficou desfalcada. O público presente pode se deliciar com a magia de sua voz e com diversas melodias como “Passione”, “Core ‘ngrato”, “Pecchè”, “Canción Hungara”, “The Impossible Dream”, no bis ele soltou “Aquarela do Brasil” (composta pelo mineiro Ary Barroso, em 1939, é uma das canções mais populares do Brasil), a emoção tomou conta dos fãs que esqueceram a compostura e se deixaram levar pelo samba ao estilo lírico.

Os brasileiros também curtem música lírica e em sua última turnê, o tenor não poderia deixar o país de fora, passou por São Paulo, Fortaleza e Rio. Como ele mesmo disse, os brasileiros entendem muito deste estilo musical. E se sentia feliz em estar de volta ao país. Quem compareceu pode se emocionar com o concerto do artista Catalão, que começou a cantar ainda na infância, mas só iniciou a carreira nos anos 1970. A plateia ainda pode deleitar-se com a orquestra, que fez trilha para apresentação das fotos de momentos importantes na carreira do tenor.

 

Um público composto por várias gerações, pais na companhia de seus filhos, que curtiram músicas em diversas línguas como: italiano

 

Rosa Maria
Foto: Edna Rocha

 

Ele possui fãs de várias gerações como a aposentada Rosa Maria, ela veio de Vila Velha (ES), somente para prestigiar o artista. Acompanhada por seu filho Eduardo, disse que quase desistiu de voltar à cidade para assistir à apresentação. – O show no Rio estava marcado para o dia 24 de maio, mas foi adiado para esta data, pois o cantor estava doente no dia – . Seu filho a convenceu de voltar, pois ela não poderia deixar de comparecer ao espetáculo do artista que acompanha por décadas. “Eu o acompanho tanto na carreira solo quanto no trio “Três Tenores”” (trio composto por José Carreras com os tenores Plácido Domingo e Luciano Pavarotti, que cantaram juntos, durante a década de 1990 e no início da década de 2000). Mãe e filho não tiveram medo da chuva e enfrentaram o temporal que castigou a cidade.

 

Foto: Edna Rocha

 

Em dueto com a soprano argentina Marina Silva, cantou “Je Te Veux”, “El Dúo de la Africana”, entre outras e finalizaram o espetáculo com o clássico “Amigos para sempre” (‘Amigos Para Siempre”, canção escrita para os Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, cantada por ele em parceria com Sarah Brightman, foi composta em parceria Andrew Lloyd Webber e a letra, de Don Black e entoada por amigos no mundo afora).

 

Com mais de 40 anos de carreira de sucesso, o tenor que já superou uma leucemia e se dedica a Fundação Internacional de Leucemia José Carreras, recebeu diversos prêmios por seu trabalho artístico e humanitário

 

Foto: Edna Rocha

 

Aos 70 anos, Carreras já se apresentou em diversos festivais e óperas pelo mundo. Ele já se fez concertos no Teatro alla Scala, de Milão (“Un Ballo in Maschera “, 1975); Metropolitan Opera, em Nova York (“Tosca”, 1974); Ópera de São Francisco (“La Bohème”, 1973); Ópera Estatal de Viena (“Rigoletto”, 1974); Teatro Real de Londres (“La Traviata”, 1974); Ópera de Munique (“Tosca”, 1974); Lyric Opera de Chicago (“Un Ballo in Maschera”, 1976); e os festivais de Salzburg (“Don Carlo”, 1976); Aix-em-Provence (“Roberto Devereux”, 1977); Edimburgo (“Verdi Requiem”, 1982) e Verona (“Carmen”, 1984), sua mais importante ópera.

No ano de 1987, o espanhol, foi diagnosticado com leucemia e no ano seguinte, ao superar a doença, criou a Fundação Internacional de Leucemia José Carreras (La Fundaciò Internacional Josep Carreras per a la Lluita contra la Leucèmia), em julho de 1988. O cantor se dedica até hoje a fundação que tem afiliados nos Estados Unidos, Suíça e Alemanha. Ele recebeu diversos prêmios por seu trabalho artístico e humanitário como “Grande Cruz de Cavaleiro República Italiana”, “Cruz de Ouro da Ordem Civil da Solidariedade Social, da Rainha Sofia da Espanha”, entre outros.

Ao lado de dos tenores Plácido Domingo e Luciano Pavarotti, se apresentou nas décadas 1990 e 2000. O primeiro concerto foi feito para arrecadar fundos para a Fundação Internacional de Leucemia de José Carreras, pois Luciano Pavarotti e Plácido Domingo tinham o objetivo de darem as boas-vindas ao amigo, que estava de volta aos palcos, depois de se recuperar da doença.

 

Foto: Edna Rocha

 

 

Foto: Edna Rocha

 

 

Foto: Edna Rocha

 

 

Maestro David Gimenez
Foto: Edna Rocha

 

 

Foto: Edna Rocha

 

 

Fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Josep_Carreras

https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Tr%C3%AAs_Tenores

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