Professor Barillari dá dicas para economizar na volta às aulas
Grupo de compras coletivas é sugestão para conseguir maiores descontos
O desafio da compra do material escolar é mais um item numa relação que consta entre as cobranças IPTU, IPVA neste início de ano. O professor de Economia do Centro Universitário Uniabeu, Lauro Barillari, conta que os materiais escolares são campeões de venda neste período e pesam no orçamento familiar, podem variar entre R$ 200 a R$1.500.
O professor explica que, segundo pesquisa do PROCON, os preços subiram em média 13%, o dobro da inflação acumulada no ano, “pesquisar preços é fundamental”, complementa. Na opinião de Lauro, os impostos excessivos para o material escolar representam cerca de 47% do preço de venda, e o dólar alto ajudou a elevar o preço dos importados, como mochilas, estojos e acessórios entre 20% e 30%. Ele diz que para economizar é necessário pesquisar em diversas lojas. “Em geral, a compra em um lugar só não é recomendada, mas é necessário somar os valores e negociar desconto sobre o total. O pagamento à vista, neste caso, ajuda bastante”, afirma.
Outra dica importante do professor é escolher produtos sem marca licenciada, porque estes produtos costumam ser bem mais caros. “Busque similares ou substitutos que podem gerar economia na ordem de 50% para o bolso e oferecer o mesmo benefício”, ensina. Ele ainda explica que ferramentas de busca virtual são cruciais nesta etapa, principalmente para os itens de maior valor. Chama a atenção para a questão do frete de produtos mais baratos e recomenda andar pelo comércio e procurar intensamente nas lojas físicas.
Com a crise, grupos de pais e instituições de ensino estão inovando, utilizando os princípios da economia solidária e a criatividade para reduzir impactos da volta às aulas no orçamento familiar. Iniciativas como a promoção de pequenas feiras de trocas de materiais, estimulando o reuso e a sobrevida, estão sendo muito bem sucedidas. De acordo com o professor da Uniabeu, além das trocas, podem ser feitas vendas de usados ou doações de materiais utilizados no período anterior.
“Outra oportunidade em alta é a criação de grupos para compras coletivas com objetivo de obter maiores descontos e condições de financiamento dos materiais. Algumas escolas já estão mobilizando os pais e colaborando com estas iniciativas que podem ser feitas, de forma independente, pelos próprios responsáveis”, finaliza Barillari.