Uniabeu faz mapeamento de refugiados na Baixada Fluminense

Proposta é oferecer apoio psicológico, educacional e geração de renda

Lílian, Anese e Silvana Foto: Divulgação
Lílian, Anese e Silvana
Foto: Divulgação

O Centro Universitário Uniabeu, em parceria com a Cruz Vermelha, filial Rio de Janeiro, está iniciando o trabalho de mapeamento de refugiados nas cidades de Belford Roxo, Nilópolis e Nova Iguaçu. O objetivo é oferecer atendimento psicossocial, trabalhar as questões inerentes à interrupção de vínculos com a cultura do país de origem e com a família, deixados para trás. O Grupo de Atendimento Psicossocial a Refugiados e Imigrantes da Uniabeu é se reúne às segundas-feiras, das 8 às 10h30h, no campus Belford Roxo. Os refugiados e imigrantes interessados em participar do grupo devem fazer a inscrição através do site da Uniabeu no link http://www.uniabeu.edu.br/cadastrospa.php ou ligar para 2104-0450 ramal 468. Os atendimentos acontecem com hora marcada e em salas preparadas de acordo com as normas do Ministério da Educação e do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

De acordo com a coordenadora do projeto de Atendimento Psicossocial a Refugiados e Imigrantes da Uniabeu, Silvana Bagno, a intenção de mapear essas pessoas na Baixada Fluminense é apresentar um espaço de escuta e acolhimento a sua experiência e sentimentos por deixar seu país de origem, sua cultura, laços e redes sociais, e, muitas vezes, a própria família, além de auxiliar no processo de aculturação no Brasil. “Ao identificarmos pessoas em sofrimento psíquico, faremos encaminhamentos ao Serviço de Psicologia Aplicada da Uniabeu, ou à rede de Saúde Mental, para que elas possam receber a intervenção terapêutica apropriada”, explica a coordenadora Bagno. 

A coordenadora do Programa de Restabelecimento de Laços Familiares da Cruz Vermelha, Lílian Lourenço Bastos, considera de grande valor o acordo de cooperação técnica entre as instituições “É importante para todos os envolvidos: para o refugiado, que terão um ambiente apropriado para ser ouvido, e para o aluno envolvido no projeto a relevância é estar ligado a uma temática mundial e tê-la como material de estudo e prática, através do atendimento prestado”, avalia a representante da Cruz Vermelha. 

Bagno lembra que a iniciativa vai buscar parcerias com outros projetos da Uniabeu, que trabalham empreendedorismo e geração de renda – numa das vertentes do Projeto Casa do Cidadão -, assim como com o projeto de empreendedorismo social. “Pensamos, também, em realizar eventos temáticos, periodicamente, contemplando a cultura dos países de origem dos refugiados e oportunizarmos um espaço de troca e/ou comercialização de suas expertises, produtos e serviços”, comenta. 

Mas não para por aí. A coordenadora Bagno avança nos objetivos. Ela e a turma do 9º período de Psicologia planejam buscar meios de facilitar o acesso dos refugiados à rede de educação e saúde, através do contato com as respectivas Secretaria Municipais e Estaduais. 

Anese Bien Aime Foto: Divulgação
Anese Bien Aime
Foto: Divulgação

Para colaborar na comunicação com os refugiados, a coordenadora Bagno conta com o trabalho voluntário da haitiana Anese Bien-Aime, 27 anos, que mora há cerca de dois anos, em Belford Roxo. Poliglota, ela domina o francês, espanhol, inglês, português e a língua de origem, o idioma crioulo. Natural de Porto Príncipe, Bien-Aime observa a iniciativa da Uniabeu com olhos brilhantes. “Os refugiados procuram o Brasil, o Rio de Janeiro, em busca de uma vida melhor, mesmo amando o seu país, e precisam de apoio para iniciar a reconstrução de vida”, opina. 

Trabalhando em um salão de beleza e cursando o 3º ano do ensino médio, a haitiana mira o ensino superior. Atenta ao que acontece em seu país, agradece que os seus familiares não foram atingidos fisicamente pelo furacão. “As casas foram praticamente destruídas, mas todos estão bem”, conta a voluntária, tradutora do projeto. 

Segundo Bagno, além do atendimento no SPS, haverá um estande para os refugiados e imigrantes na Ação Social, no dia 29/10, que a Uniabeu vai promover. “Nessa ocasião, divulgaremos nossas ações e faremos inscrições para os atendimentos psicossociais”, finaliza.

Os alunos do 9º período que participam do projeto de mapeamento de refugiados são: Renata Ferreira da Silva Figueiredo, Beatriz Pereira Fernandes, Amanda Bandeira, Pâmela Caroline, Débora da Costa, Everson José Ramos de Faro, Valdemir Neri, Gláucio Carvalho e Cássia Cristina Garcia Alves.

 

 

Serviço:

Grupo de Atendimento Psicossocial a Refugiados e Imigrantes

Local: Serviço de Psicologia Aplicada da Uniabeu

Endereço: Rua Itaiara, 301, Centro, Belford Roxo

Atendimento: Segunda-feira

Horário: 8 às 20 horas

Inscrição: http://www.uniabeu.edu.br/cadastrospa.php ou telefone: 2104-0450 ramal 468

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