Páscoa: Arte do Sacrifício, Ressurreição e a Batalha Invisível

Por Nilber Ferreira 

Uma maravilhosa Páscoa à todos!

 

Foto – Edna Rocha

A Páscoa, que significa Passagem para os Judeus, relembra a Libertação do povo hebreu da escravidão dos egípcios. Segundo o texto bíblico, descrito no livro do “Êxodo 12”, as famílias sacrificaram um cordeiro passando o sangue nos umbrais das portas, a fim de que o Anjo da Morte não levasse a vida dos seus primogênitos. Esse evento estava relacionado à décima praga enviada na terra do Egito. Para os cristãos, a chamada Semana Santa, representa a morte de Jesus Cristo e sua Ressurreição no terceiro dia. Cristo, segundo as escrituras, o “Cordeiro de Deus“, Deus morrendo pela humanidade, na forma humana. 

O cinema repete a máxima da “Arte que imita a vida”, nos traz algumas situações de ENTREGA e SACRIFÍCIO, onde representa a obra do Principal Personagem na Páscoa. O evento ocorre para salvar um grupo pessoas, toda a raça humana ou a sobrevivência do universo. Não existe comparação exata nos exemplos a seguir, eles são uma leve sombra para a “Fé Cristã” que serve como analogia.

No filme Guardiões da Galáxia- volume 1“, uma equipe, nada peculiar, terá que impedir o inimigo Ronan de recuperar um artefato antigo e que pode destruir a galáxia. Formado pelo terráqueo Peter Quill ou Senhor das Estrelas, a guerreira Gamora, filha adotada do titã Thanos. Dax, o destruidor, possuidor de uma força física fenomenal. Rocky, um guaxinim caçador de recompensas genética e ciberneticamente alterado. Fecha o grupo, e não menos importante, Groot, árvore humanoide descendente de uma raça alienígena. Sua comunicação se resumia a expressão “Eu sou o Groot”. Na trama deste filme, usando sua capacidade de vegetal, ele cria uma “redoma” de proteção que salva os seus amigos durante queda da nave inimiga. Groot superou as suas limitações da fala com a linguagem universal da amizade verdadeira, aquela da ENTREGA POR UM AMIGO.

Foto: Pixabay/Imagens gratuitas

Uma das cenas épicas de sacrifício, originária das histórias em quadrinhos e muito aguardada pelos fãs do Universo Marvel, foi a entrega do Homem de Ferro, Tony Stark, em “Vingadores Ultimato”. A super produção, arrecadou US$ 2,790 bilhões e se tornou a maior da história, superando “Avatar” (segundo), e ‘Titanic”, na terceira colocação. Em luta “corpo a corpo” com Thanos, recupera do vilão a manopla (luva de ferro com as joias do infinito), aplica o lendário estalar de dedos. O movimento libera a mais poderosa energia do cosmos, estabelece o equilíbrio universal. A armadura e o corpo de Stark canalizaram esse poder inimaginável, que O LEVOU A MORRER PARA SALVAR TODOS.

O escritor C.S. Lewis, criador das Crônicas de Nárnia, também injetou em sua literatura a figura do sacrifício. Aslan, o leão criador da terra de Nárnia, se entrega a morte em uma mesa de pedra. Morre nas mãos da Feiticeira branca, no lugar de Edmundo, um dos três irmãos que atravessam o portal/guarda roupa no livro: “O leão, a feiticeira e o guarda roupa”. Aslan ressurgi em curto espaço de tempo. Seu retorno neutraliza os poderes da Feiticeira e devolve Paz a Nárnia. Lewis, natural da Irlanda além de escritor também era professor, romancista, poeta e crítico literário. Utilizou em suas obras temáticas apontando sempre para os valores cristãos permeando a existência humana. TRAIÇÃO E ARREPENDIMENTO, em Edmundo, PUREZA E AMOR de Lucia, a LIDERANÇA de Pedro, CORAGEM de Susana.

A humanização divina em Cristo, revela o sentimento altruísta do Todo Poderoso, sua vontade íntima de religar o homem a Ele através dele mesmo, por seu sacrifício. A mensagem redentora de Jesus, nestes dias conturbados, e em meio a uma crise contra o “inimigo invisível”, lança LUZES DE ESPERANÇA e MULTIPLICA NOSSAS FORÇAS NESSA BATALHA contra o CORONA VÍRUS. E vale lembrar da dedicação e sacrifício dos milhares profissionais de saúde, policiais, bombeiros, entre outros, que se colocaram a disposição do semelhante, em um front pouco conhecido. Temos de igual modo trabalhadores de vários outros seguimentos: agricultura, transporte, logística e comércio de serviços essenciais que neste momento de quarentena, onde se desdobram para que nada falte.

Neste 2020 FATÍDICO, o COELHO não é mais o “protagonista real” deste DOMINGO DE PÁSCOA. É importante lembrar dos Milhares de “HOMENS E MULHERES DE FERRO”, que lutam bravamente feito Leões e Leoas, espalhando SEMENTES DE AMOR, que em tempo oportuno darão seus belos frutos. Na esteira do maior exemplo JESUS CRISTO, que segundo a relato bíblico, aparece na MANHÃ DE DOMINGO RESSURRETO DENTRE OS MORTOS. 

 

Nesta “Semana Santa”, Vamos Orar e Acreditar, pois o “inimigo” será vencido.

One thought on “Páscoa: Arte do Sacrifício, Ressurreição e a Batalha Invisível

  • 12 de abril de 2020 em 17:54
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    Parabéns Nilber pelo extraordinário texto!

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