Leo Laniado exibe desenhos inéditos em mostra n’A Estufa

“É relevante notar que apesar de incorporar uma transformação nos meios que emprega em sua criação artística, Leo Laniado mantém aparente sua investigação da matéria crua da cor dos pigmentos, assim como o traço de seus desenhos”, reflete Meira.

 

S. título, 2020, Leo Laniado

Um criativo seminal, autor de uma obra marcada por grande liberdade artística, Leo Laniado transita entre a arte e o universo criativo da arquitetura e do paisagismo, experimentando cores, pigmentos, texturas e outras formas . Desenha e colore desde a década de 1960 e, agora, divide com o público o resultado de uma busca da vida inteira na exposição Impertinência Pertinente, individual em cartaz a partir de 26 de março n’A Estufa, Vila Madalena, São Paulo.

Com curadoria da arquiteta Silvia Prado Segall e texto da crítica de arte Silvia Meira, a exposição reúne mais de 100 obras inéditas. São frutos de cinco anos intensos de produção, nos quais Leo deu vida a mais de cinco mil desenhos gerados por ferramentas digitais.

 

Ele esperou cerca de 50 anos para trazer suas criações ao público e hoje, aos 75 anos, acha que é uma impertinência pertinente ser um artista – brincadeira que originou o título da mostra. Deu diversas voltas até enfim enveredar-se pelo território onde acredita realmente se encontrar: o da arte.

 

Nascido no Cairo, Egito, e de origem judaica, Laniado migrou com a família para o Brasil em 1953 – aos oito anos de idade -, devido ao movimento nacionalista no país natal. Dentro desse contexto histórico, conta que jamais imaginaria que um judeu pudesse ser artista.

No Brasil, estudou em escola inglesa, onde cursou até 1958. Ganhou uma bolsa universitária na Universidade Columbia, nos Estados Unidos, para cursar economia mas acabou, nesse período, entrando cada vez mais em contato com a arte. Por lá, participou de protestos contra a guerra do Vietnã e ficou imerso no movimento de contracultura dos artistas da década de 1970, experiência que mudaria de vez sua forma de ver o mundo.

A convite de Leo, a curadoria das exposições ficou a cargo do artista e escultor carioca Ivald Granato e trazia exibições com performances, desenhos, pinturas, obras conceituais e happenings. Para marcar a inauguração do espaço, uma coletiva com nomes que, à época, já eram emblemáticos: Amilcar de Castro, Carlos Vergara, Hélio Oiticica, Leon Ferrari, Lina Bo Bardi, Lygia Pape, Tomie Otake e o próprio Granato.

 

 

Serviço

Impertinências Pertinentes, de Leo Laniado
Local: A Estufa
Curadoria: Silvia Prado Segall
Abertura: 26 de março, às 19 h
Período expositivo: 26 de março a 03de Maio – Horário de visitação:10 às 18 h
Endereço: R. Wisard, 53 – Vila Madalena, São Paulo – SP.
Gratuito.

 

 

 

 

 

Fonte/ Créditos: A4&Holofote

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