Recordar é TV homenageia Mário Lago nesta terça (3) na TV Brasil

Programa traz uma entrevista do intelectual à TVE do Rio de Janeiro em 1987

 

Foto: Divulgação

Artista polivalente, o saudoso Mário Lago é lembrado no programa Recordar é TV desta terça (3), às 21h30, na TV Brasil. Para celebrar sua trajetória, a emissora pública resgata de seu acervo uma entrevista que ele concedeu há trinta anos, em 1987, ao programa “Advogado do Diabo” da TVE do Rio de Janeiro.

Na atração, ele foi sabatinado pelo sambista Haroldo Costa. Também participaram da conversa a jornalista Dulce Monteiro, o compositor Fernando Lobo e o jornalista Sérgio Cabral. Durante o papo, Mário Lago revela casos pitorescos das inúmeras vezes em que foi preso pela ditadura e explica porque é cobrado pelas feministas por sua música “Ai que saudades da Amélia”.

Mario Lago era advogado, jornalista, compositor, poeta, radialista e escritor, mas ficou conhecido pelo grande público graças ao seu trabalho como ator. Lembrado como um exemplar humanista e amante da liberdade, ele foi preso, injustiçado e perseguido durante o regime militar.

A trajetória de vida do artista se mistura com a história do Brasil do século XX. Intelectual, ele comenta sua relação com o passado. “Eu não sou saudosista. Saudade é uma coisa que incomoda mais do que galo”, brinca Mário Lago durante a entrevista gravada na década de 1980 para a TVE do Rio de Janeiro.

O convidado conta como se mantinha contemporâneo mesmo com o avanço da idade. “Tenho a facilidade de me adaptar porque vivi vários tempos. Tive uma família grande e minha residência ficava sempre cheia de jovens. Eu estava me atualizando permanentemente com essa mocidade dentro de casa”, destaca.

Obras inesquecíveis

Em sua carreira, Mário Lago atuou em dezenas de peças, fez mais de 30 filmes e esteve no elenco de aproximadamente 60 novelas. Na telinha, o último trabalho foi “O Clone” (2001), trama em que fez uma participação especial no papel do médio Dr. Molina, personagem que interpretou na novela “Barriga de Aluguel” (1990). 

O artista fez parte do casting da Rádio Nacional do Rio de Janeiro onde atuou em diversas radionovelas.

Mário Lago também é imortalizado por suas composições. As músicas mais famosas de sua autoria são “Ai que saudades da Amélia” e “Atire a primeira pedra”, ambas parcerias com Ataulfo Alves e a marcha carnavalesca “Aurora”, obras que fez junto om Roberto Roberti e ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.

Tricolor de coração, Mário Lago torcia pelo Fluminense. O artista faleceu aos 90 anos, no dia 30 de maio de 2002, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, vítima de um enfisema pulmonar.

Serviço:

 

Recordar é TV – terça-feira (3), às 21h30, na TV Brasil.

Recordar é TV – terça (3) para quarta-feira (4), às 2h45, na TV Brasil.

Recordar é TV – sábado (7) para domingo (8), à 1h30, na TV Brasil.

 

 

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