A Última Floresta estreia nesta quinta. Veja cartazes e fotos de sessão na aldeia

Roteiro é assinado por Bolognesi e Davi Kopenawa, com produção Gullane e Buriti Filmes h
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Foto: Marcos Amend 2

O filme “A Última Floresta”, dirigido por Luiz Bolognesi (“Ex-Pajé”), estreia nesta quinta, 9 de setembro, nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Belo Horizonte, Manaus, Salvador e Brasília. Luiz Bolognesi assina o roteiro ao lado do xamã e líder yanomami Davi Kopenawa. No dia 1º de setembro, o filme teve uma sessão especial na comunidade Watoriki, onde foi rodado, com a presença de Bolognesi, Kopenawa e Caio Gullane.

 

“A sessão na comunidade de Watoriki, no coração da floresta onde rodamos o filme, foi uma das exibições mais mágicas da minha vida. Foi muito forte e intenso porque os Yanomami estavam vendo cinema pela primeira vez e era a história deles. Eles foram o único público que não precisou assistir ao filme com legenda. No dia seguinte à sessão, eles falaram que por causa do meu cabelo branco eu era um pássaro da floresta com penas brancas e um deles disse que eu não era o Luiz Bolognesi, era o Luiz Yanomami”, conta o diretor. 

 

Foto: Marcos Amend 2

Em junho, “A Última Floresta” venceu os prêmios de Melhor Documentário no Festival Zeichen der Natcht, em Berlim, e o Prêmio Artístico de Melhor Obra no Festival dos Povos Originários, de Montreal. Também conquistou o prêmio do público na mostra Panorama no 71º Festival de Berlim. Foi a terceira vez que a  Gullane foi premiada no festival – em 2018 “Ex-Pajé” garantiu o prêmio especial do Júri Oficial de Documentários da Mostra Panorama – foi a segunda vez que venceu a categoria AudienceAward, também conquistada pelo filme “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, em 2015. O Panorama AudienceAward acontece desde 1999. Este ano, a mostra Panorama apresentou 16 longas-metragens, sendo “A Última Floresta” o único representante brasileiro.  

 

“É uma honra apresentar ‘A Última Floresta’, um filme que revela os saberes dos Yanomami e as ameaças sofridas por eles. Nós tivemos um carinho enorme em toda a sua realização. Chegar nesse momento de exibi-lo na aldeia, devolver as imagens para os Yanomami foi uma grande emoção. Deu uma sensação de ciclo realizado. Desejo que muitas pessoas vejam o filme e se sensibilizem. Viva os povos originários do Brasil!”, disse o produtor Caio Gullane.

 

Foto: Marcos Amend 2

O longa-metragem também conquistou o prêmio de Melhor Filme no 18º Seoul Eco Film Festival, na Coreia do Sul, em junho, e foi exibido no DocsBarcelona - Festival Internacional de Documentários, na Espanha, em maio, no Wairoa Maori Film Festival, na Nova Zelândia, e no Biografilm Festival, na Itália, em junho. O longa também foi exibido nos festivais Visions du Réel, na Suíça, e no Hot Docs, no Canadá. A primeira sessão no Brasil ocorreu no 26º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários 2021.  Também teve sessões no Festival Pachamama, em maio e junho, no Festival Internacional Imagem dos Povos e na Mostra Ecofalante de Cinema, durante a Semana do Meio Ambiente. Em agosto, foi exibido no Teatro Amazonas, em Manaus. O documentário também teve pré-estreia na plataforma de streaming Itaú Cultural Play onde será reexibido dia 30 de setembro, das 19h às 23h.

A Última Floresta” retrata o cotidiano de um grupo Yanomami isolado, que vive em um território ao norte do Brasil e ao sul da Venezuela há mais de mil anos. O xamã Davi Kopenawa Yanomami busca proteger as tradições de sua comunidade e contá-las para o homem branco que, segundo ele, nunca os viu, nem os ouviu. Enquanto Kopenawa tenta manter vivos os espíritos da floresta, ele e os demais indígenas lutam para que a lei seja cumprida e os invasores do garimpo retirados do território legalmente demarcado. Mais de 10 mil garimpeiros ilegais, que invadiram o local em 2020, derrubam a floresta, envenenam os rios e espalham Covid e outras doenças entre os indígenas. 

Foto: Marcos Amend 2

A produção é da  Gullane (Fabiano Gullane e Caio Gullane) e da Buriti Filmes (Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi), em associação com a Hutukara Associação Yanomami e o Instituto Socioambiental (ISA), além do apoio do Itaú Cultural, da Amazon Watch, Greenpeace, Rainforest Foundation US, Rainforest Foundation Norway e Survival International. A distribuição é da Gullane.   

 

Sinopse: 

Em um território Yanomani isolado na Amazônia, o xamã Davi Kopenawa Yanomani tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos; e Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos. 

 

Elenco: 

Davi Kopenawa Yanomami, Ehuana Yaira Yanomami, Pedrinho Yanomami, Joselino Yanomami, Nilson Wakari Yanomami, Júnior Wakari Yanomami, Roseane Yanomami, Daucirene Yanomami, Genésio Yanomami e Justino Yanomami 

 

Ficha Técnica:

Diretor: Luiz Bolognesi 

Roteiristas: Davi Kopenawa Yanomami, Luiz Bolognesi 

Diretor de Fotografia: Pedro J. Márquez 

Montagem: Rodrigo Farias  

Direção de Produção e Assistente de Direção: Carolina Fernandes 

Som Direto: Rodrigo Macedo 

Trilha Sonora: Talita del Collado 

Mixagem: Armando Torres Jr., ABC, Caio Guerin 

Supervisão de Edição de Som e Mixagem: Caio Guerin, Rosana Stefanoni 

Supervisão de Imagem: Luisa Cavanagh  

Supervisão de Efeitos Visuais: Eduardo Schaal  

Produção Executiva: Daniela Antonelli Aun, Ana Saito, Pablo Torrecillas 

Produtores: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Lais Bodanzky e Luiz Bolognesi 

Produtora: Gullane e Buriti Filmes  

Produção Associada: Hutukara Associação Yanomami e Instituto Socioambiental (ISA)

 

Apoio: Itaú Cultural, Amazon Watch, Greenpeace, Rainforest Foundation US, Rainforest Foundation Norway, Survival International

Distribuidora: Gullane 

 

 

 

Por Primeiro Plano

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