Viradouro campeã do Grupo Especial e Imperatriz volta à elite do Carnaval Carioca

Após 23 anos, a Viradouro, Escola de Niterói, leva o troféu do Grupo Especial, Carnaval 2020, no Rio de Janeiro. A frase lendária de Vicente Matheus, o folclórico dirigente esportivo: “O jogo só acaba quando termina”, se fez valer nesta tarde de quarta-feira de cinzas, 26 de fevereiro, na apuração dos desfiles do Grupo Especial. Em uma disputa acirrada -não vista algum tempo no Carnaval Carioca- foi decidido nos dois últimos quesitos (Evolução e Harmonia), nos acréscimos o Título, ficou com a Vermelho e Branco, de Niterói.
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Explosão de alegria na Viradouro – (alusão ao enredo campeão de 97)
Viradouro ensaboada não deixa o Título escorregar
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No início, a Grande Rio estava a frente e deixando a entender que levaria o Troféu, pois esteve em vantagem até o quesito Alegorias e Adereços (5° na ordem sorteada pela LIESA). A virada da Viradouro, (perdoem o trocadilho), aconteceu no quesito evolução, quando tanto Beija-flor e Grande Rio perderam pontos preciosos, deixando o placar a esta altura com empate técnico. Na hora do desempate, no photochart (imagem que revela quem chega `a frente em competições), o turbante das ganhadeiras de Itapuã estabeleceu a vantagem final.

O enredo da grande Campeã exaltou a história das mulheres baianas e escravas, que ganhavam a vida lavando roupas, vendendo utensílios variados e com este trabalho, também conquistavam a sua liberdade. O recado fecundou, assumiu forma, deu luz e traço à tantas mulheres, tantas Marias, que inspiravam Miltons e Candeias. Hoje, pelo país e mundo afora, buscam seu lugar igual e digno na sociedade. Duas décadas depois do “Trevas-Luz”, revolucionário de Joãozinho Trinta, a Viradouro lava a alma do seu folião que veste agora o ouro da conquista de mais um título da agremiação.
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A Acadêmicos do Grande Rio chegou muito perto, mas derrapou na evolução na sua apresentação, e acabou ficando com o vice campeonato. O “Poder” de Elza Soares, permitiu a Mocidade o terceiro lugar, e o retorno à Sapucaí para mostrar sua trajetória de luta e superação. A Beija-flor de Nilópolis, também volta ao caminho da Apoteose, desta vez na quarta colocação e lembrando que não está sozinha. O Salgueiro voltará em quinto, com sua trupe circense, valorizando a arte itinerante do palhaço Benjamin de Oliveira. O quadro das campeãs fecha com a Mangueira e as várias faces de Jesus Cristo. As duas escolas que descem para o grupo de Acesso são a Estácio de Sá e União da Ilha.
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Pela Série A do Carnaval Carioca, a Imperatriz Leopoldinense, que tinha caído em 2019, veio com “Só dá Lalá”, que celebra a obra musical do autor de hinos dos clubes de futebol do Rio de Janeiro, levou 10 em todos os quesitos, foi Campeã e retorna ao Grupo Especial no Carnaval 2020. O enredo da Escola de Ramos foi uma reedição de 1981, onde homenageava o compositor Lamartine Babo e sagrando-se bicampeã naquele ano. 
  
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Confira a ordem dos Desfiles sábado:
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  1. Mangueira 6° 
  2. Salgueiro  5° 
  3. Beija-flor 4°
  4. Mocidade 3°
  5. Grande Rio 2°
  6. Viradouro – CAMPEÃ

 

 

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