Lançamento de Alcântara reúne personalidades e curiosos sobre o tema

Foto: Juliana Motoki
Na última semana, a jornalista Miriam Rezende Gonçalves lançou o livro “Alcântara, a história inspirada na História” , no deck da Livraria Cultura, da avenida paulista. Antes da sessão de autógrafos, aconteceu um bate-papo aeroespacial com o astronauta Marcos Palhares, representante da Virgin Galatik no Brasil e com o cientista Lucas Fonseca, Ceo da missão Lunar brasileira. Muita gente passou pelo local, entre eles: o escritor e autor Rodrigo Amaral (filho de Maria Adelaide Amaral) e sua esposa Carina Pederzoli, o herdeiro do grupo da livraria cultura Fabio Herz e o astrônomo Marco Aurélio Esparza, além dos apaixonados pelo tema arrastou pessoas que até então nunca haviam escutado falar sobre o Centro de Lançamento de Alcântara.
Ativista da causa há cerca de 16 anos, com site e blog publicados desde 2012, Miriam sempre ressalta os benefícios que a conquista espacial pode trazer para as mazelas e problemas na Terra. Há quase duas décadas, ela pesquisa tudo que envolve o Programa Espacial Brasileiro, o Centro de Lançamento de Alcântara, a história da cidade, seus símbolos e significados e afirma que a missão dignifica seu caminho.
O diferencial deste livro, é o ineditismo do tema, que traz à tona um thriller de suspense, para aproveitar o vasto material de pesquisa da autora, guardado desde a terceira e última tentativa frustrada de lançamento de um foguete brasileiro, no ano de 2003, quando 21 técnicos que estavam na plataforma morreram. Entre idas e vindas, viagens para a base espacial, pesquisa, leituras, denúncias, tudo foi acolhido por ela, que se viu diversas vezes obrigada a desistir. Mudou de cidade, de estado no decorrer desta pesquisa, mas obstinada, conseguiu concluir com êxito.
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“A tragédia foi amplamente citada pela mídia nacional e internacional, e me marcou profundamente e precisava de uma catarse. Perdi um primo no acidente e a minha tia foi se recuperar na minha casa. Como não podia deixar ser o envolvimento, Alcântara, é orgânico. O livro tem um tom de mistério, com pitadas de suspense, ação, romance e aventura, e claro, trata-se de uma obra de ficção”, disse a autora.
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Foto Juliana Motoki
A narrativa construída pela autora, preserva e retrata fielmente os ideais do povo quilombola, suas tradições e principalmente seus direitos sobre a terra em questão. Miriam, já chegou a intermediar uma série de conversas, entre eles e representantes do governo federal, onde defendeu o direito do povo quilombola, mediante a qualquer acordo que vier a ser feito ali. A escritora acredita que eles merecem até royalts por cada foguete que decolem de suas bases e também a construção de um museu que preserve a identidade cultural do povo e seus remanescentes. Quando esteve na cidade de Alcântara, Miriam Gonçalves escutou com carinho o líder quilombola Pedro, e também a Batsá, e ambos, pediram um acordo mais justo, e ela concorda e retratou em seu livro essa perspectiva.

Foto Juliana Motoki
Agora ela se prepara para sair em uma turnê de autógrafos e palestras pelo país, para incentivar jovens a ingressarem na carreira astronáutica e assim formar mão de obra qualificada para o então programa espacial brasileiro, para tal, Alcântara já virou leitura permanente nas disciplinas de física e história, em uma escola-ong denominada projeto CEEB, da cidade de Santa Inês, interior do estado do Maranhão.
Já temos data confirmada para fevereiro na cidade de Ribeirão Preto, março em Curitiba e abril em Brasília. Miriam acredita que para recomeçar uma história, é necessário conhecer o passado e principalmente, honrar nossos heróis, e ainda ressalta que a próxima década mundial, será marcada pela nova fronteira espacial.

Foto Juliana Motoki
Miriam já esteve em reunião com o General Augusto Heleno, com o Comandante da Aeronáutica Rossato e também com o atual Ministro da Ciência e Tecnologia para viabilizar o projeto de um filme, do qual ela também será roteirista.
Créditos: Amigos Assessoria de Comunicação