Rio Harp Festival – o Rio será a capital mundial da Harpa

A partir do dia 1° de maio o Rio volta a ser a capital mundial da Harpa. O Rio Harp Festival que já passou por diversos países desembarca na cidade para várias apresentações com artistas nacionais e internacionais. Todos os show são gratuitos.

 

Quinteto Les Alizées
Foto: Divulgação

Trinta e cinco músicos de 22 países incluindo  importantes nomes brasileiros e orquestras de projetos sociais apresentam-se em maio em  cerca de 80 concertos em espaços culturais e pontos turísticos do Rio de Janeiro. A iniciativa é do Música no Museu, um projeto de musica clássica com  21 anos de atividades ininterruptas de janeiro a dezembro de cada ano, atingindo o Brasil de norte a sul e com uma vertente internacional e  que há 14 anos dedica o mês de maio a este instrumento.

A abertura será no dia 1º de maio, já trazendo uma novidade qual seja a integração entre a harpa e a gaita de foles com a apresentação de uma orquestra comunidade,  um projeto de inclusão social em São Gonçalo com uma harpista brasileira.  No encerramento, dia 31 de maio no CCBB,  apresenta-se uma harpista da Escócia tocando música antiga. Todos os concertos são gratuitos.

Há instrumentos de origens arcaicas, com sonoridade delicada, que chegam como mera curiosidade aos nossos ouvidos tão acostumados ao barulho da vida moderna. A harpa, felizmente, vem atravessando milênios sem deixar de se adaptar a diferentes culturas e estilos musicais e sem minguarem os seus adeptos, apesar de não gozar de tantos praticantes ou de um repertório tão amplo quanto os de outros instrumentos clássicos, como o piano ou o violino.

Mais que uma excentricidade de épocas passadas, a harpa se mostra relevante nos dias de hoje, e uma prova disso é a chegada da XIV edição do RioHarpFestival, evento anual que tem acontecido sem interrupção e sempre conta com recitais lotados. Consolidado no roteiro internacional da harpa, o festival carioca traz apresentações com músicos,  vindos de vários países. tocando do clássico ao rock, passando por étnico, jazz e também ritmos brasileiros. Tudo criado por dedos ágeis ao pinçar as cordas da harpa. Muitos artistas têm composto novas obras, contribuindo para que o instrumento não fique parado no tempo. Alguns exemplos como o do argentino Athy que toca até rock em harpa elétricao mesmo acontecendo com o Burning Symphony e seu harpista Jonathan Faganellpo que agrega o heavy metal no seu programa.

Muitas são as nacionalidades presentes no rol de atrações: italiana, portuguesa, belga, croata, africana do sul, japonesa, colombiana, argentina, paraguaia, norte-americana, peruana e brasileira são algumas delas. Os tipos de harpa utilizados são igualmente variados, da clássica às regionais ressaltando a llanera diferente da celta, que não se assemelha à paraguaia, por exemplo.

Os eventos concentram-se no CCBB, mas também em espaços culturais como o Centro Cultural Justiça Federal, Museu do Exército-Forte de Copacabana e também aportam em pontos turísticos do Rio de Janeiro, como Corcovado, Ilha Fiscal, Iate Clube, Jockey Club e AquaRio e nos clubes, Iate e Hebraica. Uma estratégia adotada este ano foi a de repetir   artistas em mais de uma apresentação  já que, na edição anterior, foi preciso arranjar, de última hora, apresentações extras para atender à demanda de público, que ultrapassava a lotação das salas. Destaque, também, para a inclusão de orquestras de várias comunidades em trabalhos de inclusão social pela música e que entrosarão com os harpistas estrangeiros com evidentes ganhos recíprocos.

O RioHarpFestival insere-se no projeto Música no Museu que nos seus 21 anos de atividades registra um público superior a 1 milhão de espectadores no Brasil de Norte a Sul mas que se expandiu para cidades de países de todos os continentes levando musica e músicos brasileiros para o exterior. Detentor de 30 prêmios nacionais e internacionais, foi tema de Mestrado na Universidade de Berlim, e considerada a maior serie de música clássica do Brasil. Na sua programação anual, dividida em concertos referentes às estações do ano (Concertos de Verão, Outono, Inverno, Primavera e Natal) a cada mês privilegia um tema ou um naipe. Maio é o mês das harpas.

 

Programação:

 Dia 1º de maio – 4ª feira

CCBB – Teatro II

– 15h:Orquestra de Gaitas de Foles. Participação especial Vanja Ferreira, harpa- Brasil
– 17h: Athy, harpa- Argentina

 

Dia 2 de maio – 5ª feira

CCBB – Teatro II
– 12:30: Athy, harpa- Argentina
– 15h: Les Alizés: Claire Le Fur, (harpa), Guy Louiset,Franck
Bilot,Sissi -FRANÇA
BIBLIOTECA DA MAISON DE FRANCE
– 19h: Claire Le Fur, harpa.

 


Dia 3 de maio – 6ª feira

– 12:30: Les Alizés: Claire Le Fur, (harpa), Guy Louiset,Franck
Bilot,Sissi -FRANÇA 
– 15h: ATHY, harpa-ARGENTINA.
CCBB – Teatro II

Dia 4 de maio – Sábado

CCBB- Teatro
– 13h: Les Alizés: Claire Le Fur, (harpa), Guy Louiset,Franck
Bilot,Sissi -FRANÇA
– 15h: Ensemble of Zagreb harp festival(Tajana Vukelić Peić, Biserka Krčelić, Petra Barisić-harpas, Srđan Peić-french horn, Nikola Peić-voz)
-18h: Athy, harpa- Argentina.
MUSEU DO EXÉRCITO-FORTE DE COPACABANA

 

Dia 5 de maio – Domingo

CCBB – Teatro II
– 13h: Ensemble of Zagreb Harp Festival

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