Segunda temporada de Yank! O Musical, no teatro dos Quatro

“Na verdade, é uma história de amor e a necessidade de sermos corajosos. Para mim as duas coisas mais assustadoras são: a primeira vez que você se apaixona e a guerra. Esse musical é sobre os dois assuntos”, David Zellnik.

“Uma batalha!”, Conrado Helt.

 

Foto: Graça Paes

 

Na última quarta, dia 11 de abril, a imprensa pode conferir trechos da segunda temporada do espetáculo “Yank! O Musical”, no Teatro dos Quatro, Shopping da Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Estiveram presentes  todo elenco, produtores, a coreógrafa Clara da Costa, e um dos autores, o norte americano David Zellnik, que veio ao Brasil para falar do sucesso do espetáculo em todo mundo. A temporada que vai até 2 de maio e sessões nas terças e quartas às 20h.  

 

Foto: Graça Paes

 

Um dos autores do espetáculo, David Zellnik, contou que procurou trazer todo contexto desta época para a peça. Ele ainda explicou que tinha vontade de montar um musical homoafetivo dos anos 40. A ideia original surgiu de duas coisas: um pedaço das histórias recuperadas que estavam escondidas e um livro que seu irmão leu chamado Saindo do Armário “Coming out of the Closet”. Ele e seu irmão também gostavam dos musicais da Broadway, entre outros. David contou que esse trabalho foi quase um experimento, no ramo do musical e com essa sensibilidade, pois quando começaram, a maioria deles eram irônicos e os produtores zombavam de seus feitos.

 

Conrado Helt (Mitch), David Zellnik e Hugo Bonemer (Stu)
Foto: Graça Paes

 

“Eu queria escrever algo com a sensibilidade dos anos 40 e uma pegada que não poderia ser destruída. Fiz muitas pesquisas, entrevistas com veteranos gays e heterossexuais, com a intensão de chegar o mais próximo da verdade. É a história de amor de um pelotão, mas os feitos são de pesquisa”, concluiu David.

 

Hugo Bonemer explicou que o começo do movimento gay, em Castro, São Francisco, nos EUA, é o que perpetua a história. E a peça faz referência a esse assunto, pois muitos casais se conheceram e iniciaram seus romances durante a guerra. David ainda explicou que depois disso o exército não queria homossexuais, e na hora da inscrição perguntavam a opção sexual de quem se alistava.

 

Foto: Graça Paes

 

“Imagina, vários gays, no interior dos EUA, num mundo sem internet, sem pessoas que falassem sobre o assunto e que nem sabiam o que era ser gay. Uma época em que as pessoas viviam com um determinado padrão sendo ele natural ou não para elas. Esses homens foram tirados de suas cidades e enviados para guerra, colocados com outros homens e descobriram outros parecidos com eles. Então, voltam da guerra muitos casais, que começam a se organizar e vão para São Francisco”, conclui Bonemer.

 

Por se tratar de soldados, em certos trechos, a peça te faz viajar para outro lugar. Todo o contexto da época faz o público recordar alguns filmes do gênero musical e daqueles de histórias de amor, na época da guerra, longas como G.I.Blues (Saudades de um Pracinha), um filme de Elvis Presley, lançado em 1960, o primeiro filme depois de sua volta do exército. O longa não conta a história de um romance homoafetivo e nem se passa na década de 40, mas é sobre a história de jovem soldado que sonhava em ser dono de uma boate, aceitou uma aposta para conseguir o dinheiro para abrir o seu negócio. A aposta era ele passar a noite com uma bailarina de uma boate, mas ambos acabam se apaixonando.

 

Stu e Mitch
Foto: Graça Paes

 

O Musical que é vencedor de quatro categorias na 17º edição do Prêmio CENYM (melhor musical, elenco, canção e melhor cartaz), além de faturar dois prêmios no Broadway World Brazil Awards (melhor direção musical e melhor versão brasileira), é uma carta de amor aos filmes e musicais dos anos 1940. O espetáculo conta a história de Stu, um correspondente de guerra, e Mitch, um soldado do exército, que se apaixonam e lutam pela sobrevivência num tempo e lugar onde as circunstâncias estão contra eles. O espetáculo dos irmãos norte americanos Joseph e David Zellnik traz ao palco duas das coisas mais assustadoras que podem existir: ir para a guerra e apaixonar-se pela primeira vez. Sua inspiração é nos clássicos filmes e peças musicais dos anos 40, com um diferencial: é uma história de amor entre dois homens.

É preciso deixar a parte crítica de lado e se permitir viajar pela história de amor que está sendo contada. Como Hugo disse: “uma pessoa dos dias atuais dentro do diário”. Um indivíduo que pode ser bem resolvido sexualmente ou não, com medo e dúvidas, lendo esse diário. Então, ele passa a perceber que tem muito em comum com a história, pois é um enredo de autodescoberta.  

 

Foto: Graça Paes

 

 

Ficha Técnica:

Elenco: Hugo Bonemer, Betto Marque, Leandro Terra, Fernanda Gabriela, Conrado Helt, Dennis Pinheiro, Leonam Moraes, André Viéri, Alain Catein, Bruno Ganem, Robson Lima e Rhuan Santos.

Libretto e Letras: David Zellnik

Música: Joe Zellnik

Tradução e Versões: Menelick de Carvalho e Vitor Louzada

Direção Geral: Menelick de Carvalho

Direção Musical: Jules Vandystadt

Coreografias: Clara da Costa

Desenho de Luz: Daniela Sanchez

Direção de Arte: Vitor Aragão

Programação Visual: Thiago Fontin e Raphael Jesus

Assistência de Direção: Vitor Louzada

Assistência de Direção Musical e Regência: Ciro Magnani

Direção de Produção: Leandro Terra

Produção Executiva: George Luis

Assistência de Produção: Igor Miranda e Mayara Luana

Realização: Silhueta Produções

 

 

Foto: Graça Paes

 

 

Serviço:

Teatro dos Quatro fica no Shopping da Gávea (RJ)

Rua Marquês De São Vicente, 52, Gávea

Gênero: Musical

Classificação: 16 anos

Temporada: De 06 de março a 02 de maio

Horários: Terças e quartas às 20h

Ingressos: R$ 60

 

 

Fonte:

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/G.I.Blues(filme)

 

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