Vera Holtz, Guilherme Leme Garcia e Flávia Pucci criam monólogo/depoimento “O Olho de Vidro”

Texto inédito de Renata Mizrahi livremente inspirado no livro “O Olho de Vidro do Meu Avô” de Bartolomeu Campos de Queiroz estreia dia 16 de março no Centro Cultural Correios

 

Foto: Tiago Ristow
Foto: Tiago Ristow

 

“O Olho de Vidro” foi contemplado no prêmio Myriam Muniz 2015 e estreia dia 16 de março no Centro Cultural Correios, Centro do Rio de Janeiro, onde fica em cartaz de quinta a domingo às 19h, até o dia 30 de abril. Com trilha sonora de Marcelo H, cenário e luz dos premiados Aurora dos Campos e Tomás Ribas, a peça é uma comédia dramática que fala poeticamente de um olho que vê e outro que imagina.

Foi durante uma viagem a Belo Horizonte que o ator Charles Asevedo conheceu o autor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós. Um tempo depois, encontrou entre sua extensa e premiada obra literária o livro “O Olho de Vidro do Meu Avô”, publicado em 2004. Estava ali uma história que o inspirava a subir nos palcos, mas seu desejo ia além, pois as memórias do livro remetiam diretamente às suas próprias memórias de vida. Foi então que convidou os atores Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia para repetirem a dobradinha do premiado espetáculo “O Estrangeiro”, e eles resolveram convocar a autora Renata Mizrahi para escrever essa conexão entre a vida do Charles e a história do Bartolomeu. Em seguida, a atriz Flávia Pucci foi chamada para integrar o time de criadores numa direção coletiva que marca o olhar de três atores de formações diversas sobre o trabalho de um único ator em cena. 

 

Foto: Tiago Ristow

 

A peça, na primeira pessoa, é um relato sobre infância, relação com avô, descoberta da sexualidade, relação de opressão com o pai e de amor incondicional pela mãe. As histórias do livro e da vida do Charles se misturam numa criação poética, ficcional e documental.  Não existe um limite entre ficção e realidade. O ator começa seu depoimento acreditando que foi sempre pela metade e passou a vida buscando ser inteiro. É através dessa busca que vamos conhecer suas memórias de infância, suas relações familiares delicadas, suas descobertas de vida até chegar ao que se tornou hoje.

Como diz Bartolomeu, “A memoria é um grande patrimônio que a gente tem. A memória é o que eu tenho de mais precioso. Mas é preciso também saber que na memória tanto mora o vivido, quanto mora o sonhado. Mora a vida que eu vivi. E mora a vida que eu sonhei viver. Então quando você busca a memória, ela vem sempre misturada. Ela não vem pura. E é impossível ter uma memória pura, a memória é esta mistura, esta conversa entre a realidade e a fantasia”.

Bartolomeu Campos de Queirós nasceu em 1944, na cidade de Pará de Minas (MG) – fato que não gostava de falar abertamente. Tem mais de 40 livros publicados (alguns deles traduzidos para inglês, espanhol e dinamarquês), formou-se em educação e artes, e criou-se como humanista. Recebeu, ainda, láureas literárias importantes, como Grande Prêmio da Crítica em Literatura Infantil/Juvenil pela APCA, Jabuti, FNLIJ e Academia Brasileira de Letras. 

Renata Mizrahi Nasceu em 1979, no Rio de Janeiro, estudou Artes-Cênicas na UNIRIO, Dramaturgia para Novela na Oficina de Autores da Globo e Cinema na EICT em Cuba (Escuela Internacional de Cine e TV). Em 2016 foi indicada a melhor texto no Prêmio de Teatro Infantil por  CBTIJ “Marrom – nem preto, nem branco?” e no Prêmio Botequim Cultural e melhor texto adaptado  nos mesmos Prêmio por “Ludi Na Revolta da Vacina”,  que fez adaptação do livro de Luciana Sandroni e assinou a direção.

 

FICHA TÉCNICA:

Texto: Renata Mizrahi – Livremente inspirado no livro “O Olho de Vidro do meu Avô” – de Bartolomeu Campos de Queirós e nos relatos de Charles Asevedo

Criação Artística: Vera Holtz, Guilherme Leme Garcia e Flávia Pucci

Idealizador e Ator: Charles Asevedo

Iluminação: Tomás Ribas

Cenário: Aurora dos Campos

Trilha Sonora: Marcelo H

Assessoria de imprensa: Minas de Ideias

Direção de Produção: Valéria Alves

Produção: Sevla Produções

              

SERVIÇO:

O OLHO DE VIDRO

Local: Teatro Centro Cultural  Correios – Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – RJ – (21) 2253-1580

Temporada: 16 de março a 30 de abril

Horários: Quinta a Domingo, às 19h

Valor: R$ 20,00 (Inteira) R$ 10,00 (meia)

Bilheteria: Quarta a domingo – 15h às 19h

Duração: 60 min.

Classificação: 12 anos

Gênero: Comédia dramática

Capacidade: 200 lugares

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