Adeus aos Guerreiros da Chapecoense

Foto: Ricardo Moraes/Reuters/ G1
Foto: Ricardo Moraes/Reuters/ G1

Os céus acinzentados na manhã deste sábado (03), em Chapecó, Santa Catarina, choraram copiosamente no gramado da Arena Condá, a casa da “Chape”. Parentes, amigos e os quase vinte mil torcedores dentro do estádio, tomados de emoção e saudade, prestaram as últimas homenagens ao time da Chapecoense, dirigentes, comissão técnica e aos profissionais de imprensa, vitimados fatalmente no acidente aéreo na madrugada de terça feira (29), na Colômbia. A equipe voava para o sonho de conquistar seu primeiro título continental, a Copa Sul-americana contra o time colombiano Atlético nacional de Medellín.

Fundada em 1973, a caçula entre as equipes da série A do futebol brasileiro, teve ascensão meteórica no cenário nacional desde 2009, quando ganhou acesso à série D e C do brasileiro, respectivamente. Conquistou o acesso à série A em 2014, daí para frente vem se consolidando competitivamente dentro das quatro linhas. A queda na região conhecida como Antióquia entre as cidades de La Ceja e La Union, interrompeu a trajetória estratosférica da Chape, na maior tragédia do esporte brasileiro que comoveu o povo da pequena Chapecó, do Brasil e do mundo.

As cerimônias em grande parte debaixo de chuva traduziram a tristeza pela perda e a dor da saudade. O público presente na Arena encharcada de sentimento aplaudiu o Verdão do Oeste de Santa Catarina. “O campeão voltou, o campeão voltou…”, era o canto das arquibancadas. O presidente da República condecorou os parentes da equipe da Chapecoense com a medalha da Ordem do Mérito Esportivo ainda no Aeroporto de Chapecó.

O velório coletivo foi marcado com participações de Cid Moreira recitando textos bíblicos, a orquestra municipal tocou vários clássicos do de segmento gospel e secular, entre eles a canção “Mais perto quero estar”, tradicional hino cristão. O prefeito em discurso emocionado vestido com a camisa do Atlético Nacional repetiu as frases dos Colombianos “A Chapecoense veio para Medellín com um sonho e voltou como uma lenda”. O bispo de Chapecó leu a mensagem do Papa Francisco dizendo que ele iria rezar pelas vítimas, famílias e recuperação dos sobreviventes. Em Chapecó serão sepultados 16 corpos, os restantes irão para as suas respectivas cidades natais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná.

Chapecó se despede dos seus heróis, o Brasil chora seus filhos e o mundo do esporte homenageia aos atletas vitimados no desastre da Colômbia. E que o verde esperança, do “manto sagrado” da Chape, traga de volta alegrias e prazeres ao país do futebol depois destes dias tristes. Depois da tempestade virá a bonança.

Somos todos Chapecoense !

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