CD de Noca da Portela será lançado em outubro, no Renascença Clube

Noca reverencia ícones mundiais, artistas, lugares e o samba. Mas quem merece todo o reconhecimento é o próprio cantor e compositor

 

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Foto: Divulgação

No próximo domingo (16), o cantor e compositor Noca da Portela, aos 83 anos de idade e 62 anos de samba, lança o CD “Homenagens”, no Renascença Clube,  Andaraí, Rio de Janeiro. As homenagens a que o artista se refere podem ser a lugares – a Minas Gerais natal, o Rio de Janeiro que adotou como seu, Bahia, São Paulo e Brasília –, assim como pode ser aos parceiros – como Nelson Cavaquinho, Dona Ivone Lara e o acadêmico imortal Arnaldo Niskier –, a famosos e desconhecidos – caso de Tia Surica e do idoso que se exercita diariamente no entorno do Engenhão –, ou mesmo ao próprio samba, que festeja seu centenário e ao qual Noca agradece: “Tudo o que a vida me deu eu devo ao samba”. Mas a verdade é que, para o fã que se delicia ouvindo o CD, quem merece toda e qualquer homenagem é o próprio Noca da Portela.

São mais de 400 sambas inéditos guardados, 15 dos quais saíram da gaveta e acabam de ser gravados pelo autor sob a regência e com os arranjos de Mauro Diniz. Além dos parceiros famosos, há também as pratas da casa: os netos Danielle Vilela, com quem compôs o tão atual samba “Direitos da mulher”, e Diogão Pereira, presente nos créditos de “Obrigado meu samba” (ao lado também de Sergio Fonseca) e “Abraço afro” (ainda com Rafael Massoto), samba que Noca dedicou a todos os negros do mundo – citando ícones como Martin Luther King, Nelson Mandela e Zumbi; e outros nomes do samba, caso de Paulo da Portela, Alcione, Leci Brandão e Teresa Cristina.

Destaques para as composições dos mestres na arte do samba, entre eles o saudoso Nelson Cavaquinho. A dama do samba Dona Ivone Lara, com quem Noca fez “Basta papai”, a primeira parceria da dupla, feita há 40 anos. Falando em dama do samba, há também uma bela homenagem a Tia Surica, pastora da Portela, famosa também por seus dotes culinários, exaltados em “Cabidela” (Noca da Portela e Toninho Nascimento): “Tia Surica armou na Portela uma cabidela pra comemorar o troféu de mais um campeonato”.

Nascido Osvaldo Alves Pereira, em Leopoldina (MG), Noca mudou-se, com a família, para o Rio de Janeiro aos cinco anos de idade. A terra onde nasceu e a cidade que o acolheu também mereceram homenagens em forma de samba: “Êh, êh, êh, Minas Gerais” (Noca da Portela e Colombo) e “Exaltação ao Rio” (Noca da Portela, Arnaldo Niskier e Riko Dorileo), respectivamente. Trabalhou como tipógrafo, feirante, e onde virou sambista. Também trabalhou como produtor musical na antiga gravadora multinacional RCA Victor e chegou a ser secretário de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. 

 

Serviço: 

Noca da Portela – Lançamento do CD “Homenagens”

Renascença Clube

Rua Barão de São Francisco, 54-  Andaraí 
Tel.: 21 3253-2322

Dia 16 de outubro, domingo 

Horário: 13h às 17h – O melhor da MPB e Charme com DJ Nennem, com serviço de almoço da tradicional Tripa Lombeira.

A partir das 17hs, Noca da Portela lança o seu CD “Homenagens” e recebe vários convidados.
Ingresso: R$ 20
Tripa Lombeira: R$ 20
Mesas liberadas

Censura: livre

Capacidade: 1.000 pessoas

Coordenação de produção: Fernanda Santos

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